Núcleo de educação das
relações étnico-raciais
Esta Política de Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena visa potencializar o papel do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, como difusor da história e da cultura afro-brasileira e indígena, em prol de uma formação para a cidadania responsável e para construção de uma sociedade justa, de igualdade de direitos e democrática.
A multiplicidade da formação do povo brasileiro reflete uma heterogeneidade cultural, étnica e racial, constituindo riqueza e marca nacional, realidade que tem despertado a atenção de diversos setores da sociedade e de organizações nacionais e internacionais.
Por sua vez, a tensa relação, muitas vezes oculta, entre a cultura afro-brasileira e indígena e a cultura branca e europeia – fruto de ideologias, desigualdades e estereótipos racistas – tem gerado inúmeras polêmicas. Ainda que 50,7% da população brasileira se declarem negra e 0,4% indígena (segundo dados do IBGE, 2010), persiste o imaginário étnico-racial de valorização da cultura “branca” (europeia), em detrimento da história e da cultura africanas, assim como da indígena e afro-brasileira.
Nesse cenário, embasado pelo vocábulo “raça” – construído socialmente no marco de tensões entre brancos e negros, que dispensa o conceito biológico empregado no século XVIII, e utilizado nas relações sociais brasileiras para informar determinadas características físicas – criou-se um mecanismo de ascensão ou declínio social, de condicionamento do fim e do lugar social dos sujeitos na sociedade.
Tal é a necessidade de uma reeducação das relações étnico-raciais no Brasil. Fundamentalmente ela deve pautar-se, por um lado, pela memória da história, conquistas e marginalização; por outro, pela busca de justiça e eliminação do racismo e da discriminação. Por isso, a necessidade de uma educação de reconhecimento e valorização das culturas, em busca de um projeto comum para a sociedade.
Nesse sentido, o UNISAL, preocupado com a formação de bons cristãos e honestos cidadãos, desenvolve um conjunto de ações a fim de fortalecer o reconhecimento do pluralismo cultural, étnico-racial, com fundamentos na cultura de paz; “considera imprescindível que seu Projeto Pedagógico contemple temáticas vinculadas de forma direta e/ou indireta à história e cultura afro-brasileira, africana e indígena” (PDI, 3.5.2).
Esta Política, portanto, pretende fortalecer a valorização da cultura e o reconhecimento da diversidade étnico-racial e, notadamente, a educação para a cidadania, para a justiça e para a paz.
Promover o estudo – fundado nas dimensões histórica, social e antropológica oriundas da realidade brasileira – das relações étnico-raciais, do reconhecimento e valorização do patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro e indígena e da diversidade da nação, em prol do combate ao racismo e à discriminação que atingem a sociedade, particularmente, afrodescendente e indígena. Com isso, educar para a formação de atitudes, posturas e valores que conscientizem e eduquem os cidadãos ao seu pertencimento étnico-racial, para a interação e construção de uma sociedade democrática, comprometida com a igualdade, com a garantia de direitos e com a valorização da identidade de todos.
Com base no que dispõem os fundamentos e o objetivo geral desta Política, são objetivos específicos da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena a serem observados conforme cada fase, etapa e modalidade:
Para a efetivação desta Política, em prol do reconhecimento e valorização da história e cultura afro-brasileiras e indígena, propõe-se:
equipe
MATERIAL DE APOIO
Núcleo de educação
em direitos humanos
A Política de Educação em Direitos Humanos (EDH) visa consolidar o papel do Centro Universitário Salesiano de São Paulo como agente cultural, promotor e defensor dos Direitos Humanos, na perspectiva de contribuir para a preservação da vida e para a promoção de uma cultura de paz.
O reconhecimento de direitos a todas as pessoas, independentemente de suas condições específicas, foi resultado de uma longa evolução do pensamento político, filosófico e jurídico. A compreensão de Direitos Humanos, como atestada pela história, diz respeito a um conjunto de direitos subjetivos, referentes à pessoa humana e, ao mesmo tempo, imprescindíveis, universais e irrenunciáveis. Eles constituem exigências ideais que apontam para a realização mais plena da pessoa humana em comunidade.
A Declaração de 1948 foi um marco histórico na busca de um denominador moral comum para a humanidade. Ela representa um sistema de valores universais, não em princípio, mas de fato, pois foi reconhecida como válida e capaz de reger os destinos da comunidade universal.
O pensamento cristão, ao lado de outras concepções filosóficas e teológicas, exerceu importante papel em prol do reconhecimento da dignidade da pessoa humana. A Doutrina Social da Igreja foi aos poucos consolidando-se com um marco referencial para os cristãos quanto à defesa, promoção e difusão dos invioláveis direitos do homem.
As Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), em sintonia com a Igreja, comprometem-se a defender e difundir os valores humanos, ao colocar no centro a vida e o desenvolvimento de todas as potencialidades da pessoa humana, a favor de uma sociedade mais justa e fraterna. Essa missão desenvolve-se, fundamentalmente, com os jovens mais pobres e vulneráveis, opção preferencial salesiana.
Também o UNISAL, fundado em princípios humanistas, tem a “missão de contribuir para a formação integral de honestos cidadãos e bons cristãos, por meio da produção e difusão do conhecimento e da cultura e pela implementação de ações efetivas de caráter sociocomunitário” (PDI). Em suas práticas educativas, visa à construção de uma cultura de direitos humanos, capaz de promover a criação de uma sociedade mais justa, tolerante, solidária e responsável. O UNISAL tem, portanto, “o dever de promover os Direitos Humanos e o direito de defendê-los quando estiver em jogo o bem integral dos jovens sob os seus cuidados” (PDI).
Nesse horizonte, esta Política visa garantir a defesa e a promoção dos direitos humanos e, em consequência, a unidade na diversidade, a solidariedade como expressão da caridade, o respeito à pluralidade; tem o papel de promover nos jovens universitários, por meio de várias ações acadêmicas, a Educação em Direitos Humanos e, com isso, a transformação da sociedade e o combate às causas profundas da injustiça, da pobreza, da exclusão. Para tanto, buscará viabilizar ações que minimizem as iniquidades sociais, sobretudo aquelas advindas da exclusão histórica de determinados grupos, em razão de motivos étnicos, socioeconômicos de gênero, orientação sexual, entre outros.
Estabelecer, por meio de um processo sistemático e interdisciplinar, a Educação em Direitos Humanos, em prol da construção de uma sociedade comprometida com a defesa e promoção da dignidade humana e dos valores inalienáveis da pessoa, viabilizando ações que favoreçam à pessoa e à sociedade se reconhecerem como sujeitos de direitos, capazes de exercê-los e difundi-los, além de desenvolver a sensibilidade ética e política do jovem universitário, formando-o para a vida e para a convivência.
Para a efetivação desta Política, em prol da defesa e promoção da dignidade humana e de uma sociedade justa e solidária,
propõe-se:
Para a efetivação desta Política, em prol do reconhecimento e valorização da história e cultura afro-brasileiras e indígena, propõe-se:
O curso de graduação em Psicologia do Unisal/Campinas desenvolve, desde 2017, uma importante atividade acadêmica a respeito da denominada “Luta Antimanicomial”.
A Luta Antimanicomial é um importante movimento na área da Saúde Mental, que revela a necessidade de desconstruirmos ideias equivocadas sobre o processo saúde-doença, sobre a exclusão da loucura e as formas institucionalizadas de tratamento.
O (re)conhecimento da história da loucura e sua institucionalização, a Reforma Psiquiátrica e os dispositivos direcionados às novas formas de tratamento, assim como as possibilidades de inclusão social, fazem parte, ainda nos dias de hoje, de um processo de conscientização da sociedade, em especial pelos constantes riscos de retrocesso sobre os cuidados da Saúde Mental em nosso país.
A Psicologia, enquanto ciência e profissão, assume seu papel técnico e ético de demonstrar a importância de conhecermos e refletirmos sobre o tema, para um saber e um fazer em prol dessa luta.
Inicialmente, a atividade acadêmica foi desenvolvida exclusivamente por discentes do 5º. semestre do curso de psicologia (por meio da disciplina de Psicopatologia). E logo ampliou-se com a participação dos alunos do 3º., 5º. e 7º. semestres, através das disciplinas afins ao tema. No ano de 2021 teremos, inclusive, a participação de discentes do campus de Americana.
A seguir apresentamos um recorte de como foi o evento a cada ano por meio das produções do corpo discente.
equipe
MATERIAL DE APOIO
núcleo de educação ambiental
A Política de Educação Ambiental visa solidificar o papel do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, como defensor e difusor do meio ambiente, de todos os seus bens naturais e de consumo, com o objetivo de promover a ética e a cidadania ambiental.
A atenção aos problemas ambientais e a consciência ecológica envolvem diferentes segmentos da sociedade, particularmente setores industriais e comerciais, cujas políticas voltadas à gestão ambiental ganham espaço importante nos planos de gestão empresarial, organizacional e educacional.
Sabe-se que a degradação ambiental e a injustiça social, geradoras de diversos problemas entre os povos, apresentam-se como principais componentes da crise planetária. Decorre, dessa situação, a mudança climática, o aquecimento e os problemas socioambientais globais, o que reforça, ainda mais, o papel transformador e emancipatório da Educação Ambiental, a fim de que, com base na realidade atual e em seu marco legal, possa-se fortalecer a defesa e a promoção da vida, em geral.
No Brasil, a preocupação e efetivação de políticas para o meio ambiente surgiu em 1981, com a Lei n.o 6.938, que anuncia o princípio para a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental: “educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente” (inciso X do artigo 2.o). Nos anos seguintes, reformas e ações na gestão das políticas públicas e nacionais foram realizadas. Tal preocupação também é resultado do cenário internacional de risco e proteção ambiental e desenvolvimento sustentável, como a criação do “Estudo da Proteção da Natureza no Mundo”, organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza, em 1951, a “Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental”, organizada pela UNESCO em parceria com a ONU, em 1977, entre outros.
Faz parte da Identidade das Instituições Salesianas de Ensino Superior (IUS) a promoção de uma consciência ético-ambiental que desenvolva, particularmente, os valores relativos à justiça, à solidariedade e à sustentabilidade do meio ambiente. A construção dessa consciência reforça o propósito de inserção de princípios de sustentabilidade ecológica no âmbito das atividades da Instituição, cuja missão de educar para a vida é sentida em todas as ações. A colaboração para a mudança de atitude frente à necessidade de minimizar os problemas ambientais faz parte do processo educacional humanista do UNISAL, para o qual os princípios éticos, cristãos e salesianos estão atrelados ao compromisso social e ambiental em sua totalidade (PDI, 3.1.2).
Nesse horizonte, esta Política de Educação Ambiental visa implementar o trabalho social e político de defesa e preservação do meio ambiente e, com isso, qualificar toda a comunidade acadêmica para a promoção da sustentabilidade em todas as suas ações.
Preservar e defender o meio ambiente e todos os seus recursos naturais e sustentáveis, visando a condições socioambientais de qualidade para a sobrevivência, conforme padrões legais e regulamentares e, com isso, conquistar a valorização, a proteção e a sustentabilidade da vida em geral.
Com base no que dispõem os fundamentos e o objetivo geral desta Política, são objetivos específicos da Educação Ambiental a serem observados conforme cada fase, etapa e modalidade:
Para a efetivação desta Política, em prol da preservação da qualidade ambiental, da manutenção do equilíbrio ecológico e do cuidado com a vida em geral, se propõe:
equipe
MATERIAL DE APOIO
núcleo de estudos e pesquisa em antropologia teológica
A Política do Núcleo de Estudos em Antropologia teológica (NEPAT) tem a finalidade de potencializar a missão do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, de promover, por meio de uma pesquisa sólida e rigorosa, a formação integral da pessoa humana, das dimensões que compõem sua natureza, em prol do conhecimento de si mesmo, do outro e do mundo em que vive.
De acordo com as orientações da Igreja para as Universidades Católicas, todo ambiente educativo superior deve comprometer-se com a formação humana, intelectual, cultural e religiosa do homem e garantir uma presença significativa do pensamento cristão no mundo. Para tanto, deve-se promover, por meio de um espírito de liberdade, uma rigorosa investigação científica, garantindo autonomia e especificidade de métodos, o diálogo entre fé e razão, uma preocupação ética e perspectiva teológica marcantes. Nesse horizonte, guiados pela filosofia e pela teologia, “os estudiosos universitários deverão empenhar-se num esforço constante para determinar a relativa colocação e o significado de cada uma das diversas disciplinas no quadro duma visão da pessoa humana e do mundo iluminada pelo Evangelho” (Ex Corde Ecclesiae, n. 16).
As Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), originárias do coração da Igreja, assumem tal propósito e, por isso, supõem uma visão de mundo e de pessoa encarnada no Evangelho, hábil a promover o homem integral, uma consciência ética em prol da justiça e da solidariedade e “um diálogo entre culturas e religiões diversas, entre cultura-ciência-técnica-profissão e fé, capaz de iluminar cristãmente a realidade e a vida ou de inculturar o Evangelho” (Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior, n. 22).
Com base em suas diretrizes educativo-pastorais, iluminadas pela pedagogia e espiritualidade salesiana, as IUS esforçam-se para garantir uma investigação científica rigorosa e aberta à visão transcendente da pessoa humana e da vida. De maneira particular, procura garantir, em cada uma de suas instituições, um diálogo entre as diversas disciplinas acadêmicas, que se realiza, fundamentalmente, pela “oferta de disciplinas curriculares específicas de caráter ético e religioso, em paridade de nível científico e pedagógico e de valor acadêmico com as outras disciplinas do itinerário curricular” (Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior, n. 24). Essa empreitada revela a intencionalidade educativo-pastoral das IUS.
Também o Centro Universitário Salesiano de São Paulo, “fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir para a formação integral de cidadãos através da produção e difusão de conhecimentos e de cultura em um contexto de pluralidade” (PDI, 1.1.1). Nessa perspectiva, o UNISAL fomenta o cultivo da cultura da pessoa e, também, de sua transcendência como sentido profundo da existência humana.
Dadas essas proposições, que demonstram a peculiaridade da educação superior católica, contempladas pelas IUS, justifica-se o ensejo de consolidar no Centro Universitário Salesiano de São Paulo um organismo de estudos e pesquisa sobre o ser humano, com base nas ciências teológica e filosófica, em mútuo e rigoroso diálogo com as outras ciências, o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Antropologia Teológica – NEPAT. Tal Núcleo se propõe, por um lado, consolidar a pesquisa em torno do ser humano, por outro, articular planos de ação que possam auxiliar a disciplina de Antropologia Teológica, componente curricular obrigatório de todos os cursos oferecidos no UNISAL.
É sabido que no mundo atual, caracterizado pelo desenvolvimento da técnica e da ciência e de uma perspectiva sócio-política excludente e fragmentada de ser humano, se faz necessário, particularmente numa instituição católica de educação superior, um núcleo de pesquisa que investigue, resgate e difunda uma compreensão integral do ser humano e do mundo e, por isso, apto a contribuir com a missão da instituição educativa em suas várias atividades.
Pesquisar e difundir, com base nas ciências filosófica e teológica, e em diálogo com as outras ciências, uma compreensão integral da pessoa humana, particularmente, aberta à transcendência. Com isso, contribuir com a organização e implementação da disciplina de Antropologia Teológica, componente curricular obrigatório de todos os Cursos de Graduação do UNISAL.
Com base no que dispõem os fundamentos e o objetivo geral desta Política, são objetivos específicos do NEPAT:
apresentar os valores e princípios do humanismo cristão, como caminho seguro de felicidade e realização da pessoa;
discutir e propor o diálogo entre fé e razão;
Para a efetivação desta Política, a favor da compreensão da integralidade da pessoa e, particularmente, de sua experiência religiosa, o NEPAT se propõe:
equipe
MATERIAL DE APOIO
MATERIAL DE APOIO
Copyright ©️ 2024 – Todos os direitos reservados.