
O UNISAL Americana apresentará, no dia 20 de maio de 2025, uma programação temática e especial para abordar aspectos e dilemas da luta antimanicomial no Brasil. A programação incluirá a apresentação cinematográfica de dois curtas-metragens nacionais e temáticos: “Ferrolho” com direção de Alexandre Derlam e “Sem Tarja” dirigido por Rafaela Uchoa. As atividades serão apresentadas no Auditório Vermelho do Campus Americana, entre 19h e 22h, e contarão ainda com a curadoria especial do cineasta e empreendedor cultural convidado, Kayky Avraham, curador de audiovisual na Ocupação Nise da Silveira. A iniciativa abordará, inclusive, o marco histórico e comportamental dos 120 Anos da médica e psiquiatra alagoana, Nise da Silveira. A entrada é gratuita, tanto para os alunos UNISAL, quanto para toda a comunidade.

Quem foi Nise da Silveira: a importante filósofa e escritora brasileira, nascida em 1905, se destacou, por sua importante contribuição para a psicanálise no Brasil, através da consolidação de seu trabalho para a compreensão das relações entre a psicanálise e a cultura. Nise foi pioneira no tratamento das pessoas com transtornos mentais, especialmente com pacientes em manicômios, e acreditava na importância da arte no processo terapêutico. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento de uma visão mais humanizada da saúde mental. Ela também mantém um papel importante na introdução da psicanálise em várias áreas do conhecimento, como a Educação e a saúde mental. Nise da Silveira foi pioneira na introdução da psicologia analítica no Brasil e estudou a fundo a teoria de Carl Jung, sendo então, uma correspondente do próprio psiquiatra suíço.
Sua história e trajetória trouxe à luz o complexo campo simbólico presente em sua obra. No artigo o Museu de Imagens do Inconsciente, campo de passagem entre o hospício e o mundo da arte este espaço é analisado segundo os principais eixos que o articulam: o psicológico, o artístico e o político. É considerado o impacto da art brutt sobre o próprio criador marginal e sobre o olhar do espectador.
A partir de diversas disciplinas, sua atuação, como pensadora e escritora, teve ainda um grande impacto nas discussões sobre a mulher, na maternidade e na psicanálise feminista. Era então defensora da ideia de que a psicanálise poderia contribuir para a transformação das condições sociais e para o entendimento das complexas relações interpessoais.
